No dia 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, ocasionou o maior desastre ambiental do país. Os rejeitos da barragem atingiram o Rio Doce e seus afluentes, destruíram cidades e milhares de moradores da região ficaram sem água e trabalho.
Entre os 19 mortos, estava o morador de Bento Rodrigues Antônio Prisco, de 73 anos, cujo corpo somente foi encontrado pelos bombeiros cinco dias após o incidente. Totó, como era conhecido pelos amigos e familiares, foi o mais velho entre as vítimas da tragédia e não tinha companheira ou filhos.
Foi enorme, portanto, o sofrimento de seus parentes próximos, a quem tratava como filhos e de quem recebia os cuidados de pai. Assim, Alessandra, Carollaine, Eloá e Ulissis ajuizaram ação em face da Samarco Mineração SA, Companhia Vale do Rio Doce SA e BHP Billiton Metais S.A, pedindo, além dos evidentes danos morais, os danos materiais pela impossibilidade de exercerem suas atividades profissionais, diante da devastação ambiental causada pelas empresas.
Foi firmado acordo somente para o dano moral decorrente da morte de Totó, mas segue o processo com discussão dos danos morais e materiais pela tragédia ambiental.