Maria de Fátima e Laylla são mãe e filha de Douglas Rafael da Silva Pereira, o conhecido bailarino do programa “Esquenta” que foi brutalmente assassinado por Policiais Militares em 22 de abril de 2014.
Para além da cruzada por justiça diante da execução de seu querido filho e pai, tiveram que enfrentar outro sofrimento imenso: o programa Cidade Alerta estampou foto de um rapaz sem camisa, segurando uma submetralhadora, enquanto garantiam que aquele era DG. Afirmava-se a todo tempo que DG estaria com traficantes, o objetivo era deixar gravado na mente dos telespectadores o quão “bandido” era a vítima. Um absurdo espetáculo em nome da audiência.
Diante da repercussão do programa televisivo, o site do “Globo” demonstrou que o jovem na fotografia não era o dançarino e que a imagem já havia sido reproduzida em pelo menos 198 sites atribuída a diversos traficantes. As inverdades criadas, porém, propagaram como vírus na internet, multiplicando a já torturante dor dos familiares de DG.
Além da ação de reparação de danos movida em face do Estado pela trágica e despreparada ação policial, João Tancredo Escritório de Advocacia promoveu ação contra a Rede Record, onde pediu o pagamento de danos morais, além da publicação da sentença em jornal de circulação nacional e sua leitura no mesmo horário e dia da semana em que foram divulgadas as ofensas. O processo está em fase de produção de provas.