A ordem judicial, assinada no dia 2 de julho, afirma que Monteiro e o Google devem retirar os vídeos do ar em todas as suas plataformas num prazo de 24 horas após a intimação da determinação, sob pena de multa diária no valor de R$ 500. Até às 12h desta segunda-feira, o material ainda estavam no site de vídeos e já haviam ultrapassado 7,5 milhões de visualizações. Os números já são maiores do que os constatados na decisão judicial.
Em junho, Monteiro publicou em seu canal no Youtube, que tem mais de 4 milhões de inscritos, três vídeos contra o coronel: ‘Combati a corrupção na PM e a máfia! Operação Policial!’, no dia primeiro, ‘Flagrei PMs corruptos, resgate de vítimas!’, no dia 14, e ‘Corrupção da PM me venceu, desistindo!!!! Absurdo!’.
Em todos os títulos, segundo a justiça, o vereador se refere de maneira direta e indireta contra Vasconcelos, com “acusações bastante claras” de que o comandante do batalhão de Copacabana seja corrupto e que tem envolvimento com a contravenção.
Para a juíza, o vereador “fez acusações gravíssimas contra o impetrante (coronel), afirmando em diversos trechos dos vídeos apontados que este teria envolvimento com grupos de contravenção penal, que estaria corrompido por estes e que, por isso, não teria interesse em agir com firmeza na repressão desta espécie de criminalidade”.
A magistrada explicou que além da gravidade das acusações, o alcance obtido é outro agravante.
“Como se vê, trata-se de material de alcance vastíssimo, com consequências igualmente amplas, quadro que só se agrava com o passar do tempo, conforme mais pessoas acessam os vídeos. Logo, a análise da matéria via mandado de segurança se mostra razoável e plenamente justificada”, afirmou Luciana.
Monteiro se envolveu em confusão em Copacabana e perdeu escolta armada
Na noite do dia 23 de junho, o vereador Gabriel Monteiro abordou um motorista de caminhão que estava realizando um frete, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e o acusou de estar transportando material da contravenção. O DIA divulgou o caso com exclusividade.
Um dia após o ocorrido, a Justiça determinou que caberá à Câmara providenciar a segurança do vereador e a PM já retirou os agentes que o escoltavam.