Amarildo Dias de Souza foi levado por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em frente a sua casa na Rocinha no dia 14 de julho de 2013 e nunca mais apareceu. A partir de então, a luta da família fez ecoar no mundo a pergunta: “Cadê o Amarildo?”. A resposta veio depois com a constatação de que o pedreiro foi torturado por policiais dentro do contêiner da UPP para admitir acusações que não eram verdadeiras. Após horas levando socos, chutes, choques elétricos e sufocamento com saco plástico, Amarildo não resistiu. Verificou-se, ainda, que os policiais tentaram atrapalhar as investigações, inclusive com a implantação de pistas e provas falsas. O corpo de Amarildo nunca foi encontrado.
João Tancredo Escritório de Advocacia representa a família da vítima no processo de responsabilidade civil contra o Estado do Rio de Janeiro, que pediu em caráter urgente o pagamento de pensão e tratamento psicológico para os familiares, assim como, ao final do processo, a condenação do Estado ao pagamento de danos morais. Os pedidos foram reconhecidos pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e o processo está em fase de recursos aos tribunais superiores.
Notícias Relacionadas
- Família de Amarildo Gomes da Silva receberá R$ 7,2 Milhões de indenização do Estado do Rio de Janeiro
- "A dor continua com a mesma intensidade" - Caso Amarildo
- Justiça do Rio determina pagamento de indenização à família de Amarildo
- Dez anos depois, a sensação de impunidade - Caso Amarildo
- Estado é intimado a pagar indenização a família de Amarildo Dias de Souza